segunda-feira, 28 de julho de 2008

2008 - Billy Bragg - Mr. Love and Justice


Eu possuo o costume, de todas as vezes que estou postando um álbum ou conversando com alguém sobre ele, fazer isso o escutando, talvez isso funcione para afirmar ainda mais o que vai ser dito ou ritmicar as palavras, dança-las, mas, quantas vezes eu teria que escutar o Mr. Love and Justice para acreditar em qualquer afirmação que fosse fazer sobre ele? Tudo bem que não se compara a magnitude do disco feito em parceria do Wilco, com canções inacabadas do Woody Guthrie, O Mermaid Avenue, mas Billy Bragg trás sua maturidade, não apenas de idade, já que está pelos cinqüenta, mas a humana, a de que há um dualismo entre amor e justiça, que é superada pela canção.
O disco está dividido em duas partes: "Band Version" e "Solo Version", com as mesmas faixas em ambas versões.
“I Keep Faith”, trás a participação de Robert Wyatt, e possui a simplicidade de primeira canção, traduz-se como um umbral, mas confunde se é da justiça ou do amor.
Em “I Almost Killed You” já sabemos que porta é essa quando ele fala: “Você vê um arco-íris / Eu vejo uma nuvem escura / Você vê novos amigos / Eu vejo uma multidão má / Eu quase lhe matei com meu amor”
Mas outra vez nos confundimos em “M For Me” : “Seus problemas agora são nossos”
E então dialeticamente ele profere unindo esses dois Senhores sob um rock distorcido e batidas de violões com a alcunha de “The Beach is Free”: “Os campos pertencem aos fazendeiros / As florestas pertencem ao rei / Hoje em dia nossos prazeres estão cercados / Temos que pagar por tudo / Mas a praia está livre”.
Em varias músicas a tematica é o prazer associado a algum fator político, como na baladinha “The Johnny Carcinogenic Show”, em que diz: “Vi um garoto na televisão ontem / Ele estava vendendo uma tonelada de veneno / Uma mulher perguntou: Como você pode fazer isso? / Ele respondeu: o segredo é agarrar os jovens / Eu não posso ser responsabilizado pelo que as crianças aprendem / Sou responsável apenas em dar algum retorno aos meus investidores”, e noutra parte ainda diz: “A pobreza é tóxica, todos sabem”.
Falar de amor é, talvez, falar de uma estética amorosa. Falar de Justiça, é falar de ética, em se trantando de ação.
Billy Bragg com Mr. Love and Justice mostra um novo conceito, que é a Ética Estética, ou Ação Bela, apaixonante, madura.



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