terça-feira, 12 de agosto de 2008

2007 - Golden Smog - Blood On The Slacks



Composta por Perlman, Johnson, Gary Louris e Dan Murphy, o Golden Smog é um daqueles projetos que, poderiamos dizer, indispensáveis para qualquer apreciador da música alternativa. E alternar aqui é a palavra que tem propriedade para transcorrer ao longo de todos os acordes.
Can't Even Tie Your Own Shoes, é uma daquelas músicas que te deixa sereno, pra que haja uma preparação auditiva para a segunda faixa:“Há um homem-estrela esperando no céu / ele gostaria de vir nos encontrar / mas ele acha que piraria nossas cabeças”. Starman, é um bonito cover do David Bowie, que alguns carinhas do Brasil na década de 80s fizeram uma versão intitulada "Astronauta de Mármore". Look At You Now, parece uma composição dos Beatles ou do The Byrds. A balada Scotch On Ice, com a panderola e a gaita, tem o sentimento português do saudosismo. A instrumental Magician, vem fazer mexer quem estava para um canto quieto, mas dura pouco, porque o baixo, a gaita e os sliders de Without A Struggle rompem na superfície do inesperado. Tarpit, outro cover, só que dessa vez do Dinosaur Jr., também é de uma beleza magistral, permitindo atém uma leve percussão, para acompanhar a harmonia grudenta do refrão. Insecure, a música de menos tempo cronológico, um folk-rock, mais punk que sertanejo, seguida de Untitled (Hidden Track), fechando essa barbada do ano de 2007.

2008 - Gary Louris - Vagabonds


Primeiro disco, uma pérola, fora dos Jayhawks. Mas não é o primeiro com uma formação diferente, já que esse cara foi um dos particpantes de um projeto chamado Golden Smog, que já incluiu em suas fileiras o Jeff do Wilco. Uma daqueles grandes projetos, construídos por grandes músicos, que versam sobre a pequenez das coisas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

1998 - Elliott Smith - Xo


1997 - Elliott Smith - Either/Or


Outro disco que me é caríssimo em estima, além do que, as músicas estão de certa forma dispostas que me fazem ter a impressão de sempre ser a primeira música, quando já é a penúltima ou aquela No Name # 5 lá do meio. Também é nesse cd onde muita gente recente do folk, como a Kaki King, ou Stephanie Toth, vieram beber suas influências. O Elliott Smith é um trovador urbano, que utiliza elementos urbanos, mas que toma a urbanidade com uma simplicidade de quem tem a calma necessária para cada nota. Cada nota tem a sua extensão necessária para compor a música, nem mais nem menos.

2003 - Elliott Smith - Pretty (Ugly Before)


01. Pretty (Ugly Before)
02. A Distorted Reality Is Now A Necessity To Be Free (Alt. Version)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

2000 - Elliott Smith - Son Of San


01. Son Of Sam
02. A Living Will
03. Figure 8

1999 - Elliott Smith - Happiness


01. Happiness (Single Version)
02. Son Of Sam (Acoustic)

1998 - Elliott Smith - Waltz # (Xo) - (single)


01. Waltz #2 (XO)
02. Our Thing
03. How To Take A Fall

1998 - Elliott Smith - Ballad Of Nothing (single)

01. Ballad Of Big Nothing
02. Angeles
03. Some Song
04. Division Day

1997 - Elliott Smith - Division Day (single)


01. Division Day
02. No Name #6

1995 - Elliott Smith - Needle In The Hay (single)


01. Needle In The Hay
02. Alphabet Town
03. Some Song

2000 - Elliott Smith - 3 Titres Inedits (single)


01. I Can't Answer You Anymore
02. Pretty Mary K (Alternate Version)
03. Happiness (Acoustic)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

1995 - Eliott Smith - Elliott Smith


Poucas vezes eu quis viver tanto, como quando nos instante em que eu escutei Elliott Smith, o que ele me fala, no entanto, eu preferir não me perguntar, visto que a pergunta funcionaria aqui como uma ferrugem funciona num ferro. Pela oxidação, este metal, quando entra em contato com o oxigênio, se deteriora, perdendo pouco-a-pouco a materia "original". Ou seja a pergunta seria o limite do sentimento, nesse caso. O oxigênio, que antes era essencial para a vida, torna-se o motivo da sua inexistência. Prefiro a oscilação da respiração, ofegar, pra que exista o apego a mínima parcela de ar. Por que a música é feita de Ar. Quantas pessoas não são essas duas silhuetas dessa capa de 1995? Enfim, gosto de artistas que usam os elementos da vida, usam-se como referências para o que fazem, e não idéias simplesmente, ou pormenores e detalhes técnicos, como uma obra pré-fabricada para o julgamento. E Elliott Smith é um desses artistas, que, acredito pela sinceridade de sua obra, se necessário fosse, até se trancaria numa jaula para expôr sua música, como aqueles personagens circenses, que posssuem em si algo de excêntrico, ou o Artista da Fome de Kafka, incompreendido quanto a sua inclinação de artista.

http://www.mediafire.com/?bxxmmty9xwf

1994 - Elliott Smith - Roman Candle


Primeiro disco desse compositor estadunidense, de Omaha, Nebraska, pela Cavity Search Records. Conhecido como o rapaz de terno branco e violão impunhado, que concorreu ao oscar em 1997 com a música Miss Misery para o filme Gênio Indomável de Gus Van Sant, disputando com My Heart Will Go On do filme Titanic, interpretado por Celine Dion. Mas aqui, só interessa dizer isso porque uma das músicas dessa trilha sonora está nesse álbum, é a No Name #3. Junto com a baladinha No Name #1 e a tristonha No Name #2, forma um triângulo do que seria, a princípio, a linha trovadoresca que Elliott adotaria também em outros disco, como o homônimo Elliott Smith, o Either/Or, respectivamente de 1995 e 1997, e o póstumo New Moon de 2007. Usando ainda a geometria, eu diria que Smith em seus discos, forma semi-retas, onde uma das pontas tem um ponto de origem, e nesse caso a vida do próprio, e a outra tende ao infinito, e aqui ponho a minha vida e a tua. Dono de senhoras vozes, que são ainda mais condensadas quando ele põe uma por cima da outra, formando camadas, multiplicando os sentimentos e sensações. Quando ele diz em No Name #1: "Você me faz lembrar da filha de alguém/Eu me esqueci dela/Eu esqueci o nome dela, envergonhado/Vá para casa e viva com a sua dor/Deixe como está/Você não pertence a isto aqui", isso ecoa trezentas vezes no oudido, pelas trezentas vozes que proferem isso. "Beba, meu amor, fique para cima a noite toda/As coisa que você poderia fazer, você não vai, mas deveria/O potencial que você terá e que nunca verá/As promessas que você apenas fará", de Between The Bars, também trilha de O Gênio Indomável.
Não é à-toa que Elliott Smith considera Nick Drake um pai, também não é por acaso, a semehança em algumas faixas entre os dois, no que se refere aos dedilhados no violão, ou harmonia vocal, e essa maneira "familiar" de ver um ser, é aquela mesma que se tem quando se quer ultrapassar esse mesmo ser...

domingo, 3 de agosto de 2008

1992 - Daniel Johnston - Laurie EP



No documentário The Devil and Daniel Johnston, Laurie passeia como sendo o fator fundamental para muitas das empreitadas artisticas realizadas ao longo da carreira desse pequeno gênio. É Ela quem aparece sendo filmada várias vezes por Danny, enquanto trabalha por trás de um balcão provinciano, de cidade pequena, ela mesma quem, com uma beleza notável, faz pose para filmagens, que sorri, e que por final desperta uma paixão avassaladora no camera man. Ela seria para Daniel o que Mira-Celi era para o poeta Alagoano Jorge de Lima, "várias pessoas". Não é por acaso que faço essa comparação já que Daniel Johnston, assim como o poeta, passou por uma fase cristã, de maneira até dogmática, quando por ocasião de uma perturbação de maior importância, dele se deixar sentir-se com "demônios" ao seu redor, e ele, como sendo um "enviado" do Altíssimo, ter a missão de extiguir essa legião de agentes do mal que povoava o seu mundo. Um dos episódios que atesta isso, e o documentário retrata, é quando ele decide não fechar contrato com a gravadora Elektra, porque no catálogo dessa mesma gravadora estavam os caras do Metallica, e Daniel Johnston acreditava que eles tinham um pacto com o diabo, e que iriam mata-lo por isso. Outro momento de interesse não menos curioso, foi quando Daniel provocou um acidente aéreo em 1990. Seu pai pilotava um daqueles aviões particulares, trazendo o artista de Austin, onde havia feito um show, para West Virginia. Num surto, Daniel tira a chave da ignição e a joga pela janela. A explicação posterior do pai de Daniel, dizia que o filho achava que ele, o pai, era um demônio, e por isso ele tentava assumir o controle da aeronave, a sequencia dessa história é que o pai consegue desviar o avião para uma floresta, que amortece o impacto, resultante da velocidade da queda. Os dois sairam quase ilesos do acidente.
Laurie é a música que por longos tempos ecoou dentro da música de Daniel Johnston. Um vídeo no youtube, mostra o momento do reencontro dos dois, após quase duas décadas sem se verem. Se chama: devil and daniel johnston - laurie continued.

1991 - Daniel Johnston - Artistic Vice


Quando eu falei que o Yip/Jump Music junto com o Hi, How Are You, eram os dois discos clássicos desse cara, eu esqueci de dizer que, pertencentes a década de 80s, ou melhor produzidos por ele nessa década. Como passar indiferente ao Artistic Vice? Como não ver esse álbum como um marco dentro das formas de composições e transformações que uma música pode alcançar?
Bem, começando pela capa, que tem um outro tipo de construção que aquela em que o Daniel Johnston aparece travestido em algum desenho, é feita de colagens, mais que igualmente fala do próprio Daniel, de seus gostos e apreços. Como figura o quarteto de Liverpool, Gasparzinho O Fantasminha Camarada, O Capitão América, Marilyn Monroe, uma foto que acredito ser do próprio Danny no centro da colagem, enfim partes de uma mesma vida. Segundo porque é nesse cd que se encontra a música I Feel So High. O fantasma, além de demônios e de monstros de uma forma geral, é um dos temas mais recorrentes dentre a obra desse artista, e acredito que o "fantasma", além de ter uma ligação direta com as histórias em quadrinhos, já que o próprio Daniel Johnston em entrevista de 2006 ao Coletivo Coquetel Molotov, afirmou que era, tanto um comprador compulsivo de HQs, como um desenhista que sempre está na ativa, só que diferente da estética produzida por Robert Crumb, que em se tratando da arte pictórica, Johnston usa sempre seu "hidrocor". O fantasma representa leveza, mistério, assombro, aquilo que acompanha uma vida de perto, e ainda mais significativamente quando passa a ter vida, a vida de um ser, do porte do Daniel. Não se pode passar indiferente a essa obra, porque ela marca a transição musical de Daniel, do lo-fi ao rock, de garagem, daqueles que se bate a perna ao escutar. Com uma proeza sonora alcançada por pouquissimas bandas da década de 90s, O Artistic Vice, segue como sendo um cd injustiçado dentro da discografia do rock alternativo, bem como dentro da discografia do próprio Daniel Johnston.

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sábado, 2 de agosto de 2008

1990 - Daniel Johnston - 1990


Daniel Johnston se metamorfoseia como a fase evolutiva de uma criança, cheia de novas brincadeiras e peraltices. Quase uma década depois do Songs Of Pain, lançado em 1981, ele ainda conserva as lições aprendidas na infância, que nada mais é de que uma sinceridade ciclica. Que sempre sai dele, atinge as pessoas ao redor, e depois volta pra ele em forma de coisas diversas.

1989 - Daniel Johnston & Jad Fair - It's Spooky


O Jad Fair é aquele cara que está por trás das tosqueiras do Half Japanese, banda lo-fi da década de 80s, e que também já gravou com o Yo La Tengo, aquele dos desenhos arcaicos de capas de cds, retratando espécimes de macacos, ou primatas excêntricos. Esses dois caras formam um único espelho...

1985 - Daniel Johnston - Respect

Go, go, go, go, go...

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